Terapia e Síndrome do Pânico

Terapia e Síndrome do Pânico

As crises de pânico estão entre os diagnósticos mais frequentes que levam os pacientes a procurar serviços de emergência, pois aproximadamente 43% dos pacientes com crises de pânico são atendidos pela primeira vez em unidades de pronto-socorro, sendo que 15% destes chegam ao local de atendimento em ambulâncias devido à intensidade do quadro.

A seguir descreverei como acontece uma crise de pânico: “De repente, começo a passar mal. Meu coração está batendo forte, disparado. Estou com dificuldade para respirar. Minha garganta parece que está fechando. Minha boca está seca. Estou quente e suando muito. Devo estar com febre e minha pressão deve estar altíssima. Minhas pernas estão completamente bambas. Minhas mãos estão tremendo. Estou enjoada. Tonta. Confusa. Acho que vou desmaiar.

Tenho a sensação de que algo horrível está prestes a acontecer comigo e não posso fazer absolutamente nada. Meu braço está formigando. Estou tendo um derrame! Vou direto ao pronto-socorro do hospital mais próximo. Tenho certeza que vou morrer! Devo estar enfartando! No hospital, o médico faz um eletrocardiograma e uma bateria de exames; diagnóstico: Não tenho nada.”

A ocorrência freqüente desses ataques configura a doença chamada Transtorno do Pânico (TP). Atualmente, atinge de 3% a 4% da população mundial. Na maioria das vezes, afeta pessoas jovens, na faixa etária entre 21 e 40 anos, sendo observado um grau de incidência três vezes maior entre as mulheres do que nos homens.

O que fazer?

“Se uma pessoa sofre um ataque de pânico isolado e sem conseqüências, isso não significa que ela seja portadora do transtorno do pânico.

Algumas condições, como o estresse no trabalho e o uso de substâncias, como álcool, o fumo e a cafeína, podem eventualmente desencadear ataques de pânico, ou também chamados de ataques de “ansiedade grave”.

Entretanto, se estes passarem a ter uma característica de repetição e forem seguidos de uma preocupação persistente da pessoa de ter um novo ataque, ou de suas consequências, como ter um ataque cardíaco ou um derrame, o transtorno do pânico poderá ser considerado, desde que estes últimos não sejam causados por uma doença física (por exemplo, hipertireoidismo).

É importante lembrar também que os ataques de pânico devem ser espontâneos, isto é, “vindos do nada”, e não relacionados a objetos e situações particulares, o que é mais característico das fobias (por exemplo, fobia de voar em avião, fobia de falar em público, fobia de dirigir, etc.).

Qual é o melhor tratamento?

O tratamento é psicoterapia e/ou medicação. Dependerá do grau, tempo de existência da doença e do comprometimento do dia-a-dia da pessoa. É comum que os pacientes, após terem um ataque de pânico, passem a ter medo de ter um novo ataque em qualquer situação como dirigir, ir a festas, supermercado, banco, cinema, etc.

Casos em que a doença está avançada podem ter 2 ou 3 ataques por dia, o que impossibilita muito a sua concentração no trabalho. Desta forma, começam a evitar saídas, mesmo acompanhados com pessoas confiáveis.

Portanto, a doença pode afetar muito a vida, carreira e o dia-a-dia tanto do paciente quanto daqueles que convivem com o mesmo. (Savoia, 2001).

Como é o tratamento psicológico na Terapia Cognitiva do Pânico?

Recomendo ler o artigo da Psicóloga Dra. Ligia M. Ito sobre o tratamento do pânico, entitulado “Abordagem Cognitivo-Comportamental do Transtorno do Pânico”, que pode ser encontrado aqui (Ito, 2001).

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Terapia e Síndrome do Pânico

As crises de pânico estão entre os diagnósticos mais frequentes que levam os pacientes a procurar serviços de emergência, pois aproximadamente 43% dos pacientes com crises de pânico são atendidos pela primeira vez em unidades de pronto-socorro, sendo que 15% destes chegam ao local de atendimento em ambulâncias devido à intensidade do quadro.

A seguir descreverei como acontece uma crise de pânico: “De repente, começo a passar mal. Meu coração está batendo forte, disparado. Estou com dificuldade para respirar. Minha garganta parece que está fechando. Minha boca está seca. Estou quente e suando muito. Devo estar com febre e minha pressão deve estar altíssima. Minhas pernas estão completamente bambas. Minhas mãos estão tremendo. Estou enjoada. Tonta. Confusa. Acho que vou desmaiar.

Tenho a sensação de que algo horrível está prestes a acontecer comigo e não posso fazer absolutamente nada. Meu braço está formigando. Estou tendo um derrame! Vou direto ao pronto-socorro do hospital mais próximo. Tenho certeza que vou morrer! Devo estar enfartando! No hospital, o médico faz um eletrocardiograma e uma bateria de exames; diagnóstico: Não tenho nada.”

A ocorrência freqüente desses ataques configura a doença chamada Transtorno do Pânico (TP). Atualmente, atinge de 3% a 4% da população mundial. Na maioria das vezes, afeta pessoas jovens, na faixa etária entre 21 e 40 anos, sendo observado um grau de incidência três vezes maior entre as mulheres do que nos homens.

O que fazer?

“Se uma pessoa sofre um ataque de pânico isolado e sem conseqüências, isso não significa que ela seja portadora do transtorno do pânico.

Algumas condições, como o estresse no trabalho e o uso de substâncias, como álcool, o fumo e a cafeína, podem eventualmente desencadear ataques de pânico, ou também chamados de ataques de “ansiedade grave”.

Entretanto, se estes passarem a ter uma característica de repetição e forem seguidos de uma preocupação persistente da pessoa de ter um novo ataque, ou de suas consequências, como ter um ataque cardíaco ou um derrame, o transtorno do pânico poderá ser considerado, desde que estes últimos não sejam causados por uma doença física (por exemplo, hipertireoidismo).

É importante lembrar também que os ataques de pânico devem ser espontâneos, isto é, “vindos do nada”, e não relacionados a objetos e situações particulares, o que é mais característico das fobias (por exemplo, fobia de voar em avião, fobia de falar em público, fobia de dirigir, etc.).

Qual é o melhor tratamento?

O tratamento é psicoterapia e/ou medicação. Dependerá do grau, tempo de existência da doença e do comprometimento do dia-a-dia da pessoa. É comum que os pacientes, após terem um ataque de pânico, passem a ter medo de ter um novo ataque em qualquer situação como dirigir, ir a festas, supermercado, banco, cinema, etc.

Casos em que a doença está avançada podem ter 2 ou 3 ataques por dia, o que impossibilita muito a sua concentração no trabalho. Desta forma, começam a evitar saídas, mesmo acompanhados com pessoas confiáveis.

Portanto, a doença pode afetar muito a vida, carreira e o dia-a-dia tanto do paciente quanto daqueles que convivem com o mesmo. (Savoia, 2001).

Como é o tratamento psicológico na Terapia Cognitiva do Pânico?

Recomendo ler o artigo da Psicóloga Dra. Ligia M. Ito sobre o tratamento do pânico, entitulado “Abordagem Cognitivo-Comportamental do Transtorno do Pânico”, que pode ser encontrado aqui (Ito, 2001).

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